domingo, 30 de setembro de 2012

Enchente na "rentrée" do PS de Seia nas Lages

Uma grande multidão ocorreu hoje à "rentrée" política do PS de Seia, na Freguesia das Lages, numa iniciativa que contou com a presença de Álvaro Beleza do Secretariado do Partido Socialista para a área da Saúde.
Muitos militantes e simpatizantes do concelho de Seia e gente das Lages marcou presença, dando sinal de que o PS, apesar do período critico que vivemos, de crise dos partidos políticos, de que em Seia, o PS mobiliza as pessoas, mesmo fora de períodos eleitorais.
Na ocasião, para além dos discursos do Presidente da Junta local e do Presidente da Federação da Guarda do PS, José Albano, usou da palavra o Presidente do Partido e Presidente de Câmara Carlos Filipe Camelo e Álvaro Beleza.
A tónica dominante foi a necessidade de se encarar a realidade politica atual com pragmatismo, sem “cantos de sereia” e procurar ultrapassar as dificuldades, sobretudo no que toca às reivindicações para o nosso concelho. E nesse particular, Filipe Camelo acentuou a tónica na prioridade para o Emprego, Acessibilidades e Saúde.  Numa altura em que o concelho de Seia corre o risco de ver o seu Hospital perder importância e valências, tanto Filipe Camelo como Álvaro Beleza, sublinharam a necessidade de estarmos atentos e reivindicar aquilo a que temos direito.
Independentemente de tudo o resto, sobretudo quando aqui ou ali ouvimos este ou aquele dizer que se deve fazer isto ou aquilo, como se a forma de governar hoje fosse igual à de anos anteriores, importa sublinhar que hoje tudo mudou, e as receitas de governação de ontem não são mais iguais às de hoje. Mas há uma questão que permanece e que tem de acentuar-se, -que é a proximidade de quem governa, às populações. O saber ouvir e interpretar a “rua”, como agora se ouve dizer e por isso, os partidos, seja a nível nacional ou local, têm de adaptar-se aos novos tempos. Os agentes políticos têm de deixar de enganar os cidadãos, sob pena de estarmos perante uma séria ameaça ao Estado democrático. E isto ouviu-se muito hoje nas Lages, a que não é alheio o fato da população portuguesa se rever cada vez menos nos partidos. Por isso, cabe aos partidos, arrepiar caminho, porque apesar de tudo eles são essenciais à democracia. E em Seia, o Partido Socialista procura esse caminho, de proximidade, de verdade e sem enveredar pela verborreia que carateriza o estilo de alguns, que não perdem tempo a dizer mal, num tempo que já passou.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A poucos dias da grande Conferência da Glocal, incluída na programação do Cine'Eco

Imagens e mensagens que nos levam à Glocal - A Conferência Internacional que decorrerá em Seia, nos dias 10 e 11 de Outubro, organizada pelos Municipios de Cascais e Seia, Universidade Católica do Porto e Meios.
As imagens falam por si. E atente no texto que ilustra a última imagem!



 
Depois das TED, Leinad Carbogim marca presença na Glocal, Conferência incluída na programação do Cine'Eco

Sentar-se ao lado desta senhora é já de si um privilégio único, capaz de justificar totalmente uma ida à Glocal, mas ter a oportunidade de efetivamente conversar com ela enquanto disfrutamos de um café é algo único (Leinad Carborgim entra nas conversas café scientifique).
Leinad Carbogim é ma daquelas pessoas onde a sua simples presença deixa antever imediatamente de que estamos perante alguém especial, alguém que vale a pena conhecer. Desde as lutas estudantis, ainda nos tempos de escola, até ao combate da exclusão social das comunidades marginalizadas, o seu percurso teve sempre um denominador comum: ajudar os outros, instruindo-os. Algo que ela própria cristalizou no seu lema pessoal “Feliz de quem transfere o que sabe e aprende o que ensina”. Esta mestre de sociologia do Nordeste Brasileiro percorreu o mundo das lutas sociais embalada em vários projetos dos quais destacamos a "Teia da Sustentabilidade", um projeto de desenvolvimento local e sustentabilidade que criou enquanto Diretora Executiva da Fundação Brasil Cidadão. No seu curriculum acreditem, existem muitos outros, mas o melhor é sem dúvida vê-la em ação, de preferência presencialmente.
 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

num país de loucos, à beira da explosão social

Começo a acreditar que o governo não se aguenta e vai cair. Não para sair e entrar outro de outro partido, ou para haver de imediato eleições antecipadas. Talvez um governo de salvação nacional indicado pelo Presidente da República, face à onda de indignação e protesto que se instalou e alastra na sociedade portuguesa após a comunicação assassina do Primeiro-ministro e as medidas nela anunciadas.
Por muito mal que esteja o país, nunca um governo foi tão longe em tirar aos pobres para dar aos ricos. Tirar ordenados e contabilizar tudo ao pormenor do que se retira aos trabalhadores, para engordar grandes empresas como a EDP, a Galp e outras.
Medidas que ainda por cima não terão sido comunicadas ao CDS, parceiro de coligação, que terá sido apanhado de surpresa. Com a agravante de haver por parte dos dirigentes sindicais um sentimento de traição, por o governo não ter cumprido o acordo de consertação social que foi assinado, sobretudo pela UGT.
Miguel Torga dizia que “somos uma coletividade pacífica de revoltados” e em Portugal isso tem-se verificado nos últimos tempos, com particular enfoque nos últimos dias, mas desta vez a passividade parece estar a acabar.
Os sinais de contestação e protesto são cada vez mais evidentes. Marcelo Rebelo de Sousa descascou “forte e feio” em PPC, falando em impreparação deste. Medina Carreira fala em “garotada”, Manuela Ferreira Leite desafia os deputados a travarem o Orçamento de Estado, acrescentando que “ninguém consegue engolir a segunda dose de xarope” a propósito das medidas anunciadas. Mira Amaral diz que a descida da TSU não gera emprego e critíca as medidas. Helena Roseta grita a plenos pulmões na SIC que derrubem este governo. Porta Voz do CDS arrasa Ministro das Finanças e este responde-lhe na mesma moeda. Bagão Félix, diz na praça pública o que Paulo Portas, parceiro da coligação não pode dizer em voz alta, atacando o governo. Relvas no Brasil manda indireta ao CDS. Vitor Gaspar reconhece défice superior a 6% e o esforço que portugueses fizeram não serviu para nada. PS diz que os Portugueses cumpriram pelo esforço que lhes foi pedido e o governo falhou em toda a linha. O ex-Presidente da República, Mário Soares diz-se indignado e que é provável que este governo não se aguente. Fernando Ruas, Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, diz que não há mais margem para as autarquias. PCP apela a luta sem tréguas. CGTP convoca manifestação para dia 29 em Lisboa.  UGT admite integrar greve geral em protesto. Homem lança um ovo à Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, em Santarém. Numa pequena manifestação de protesto, pessoas chamam “gatuno” a Vitor Gaspar na entrada do Ministro das Finanças para uma entrevista na SIC. RTP promove vigília em Belém e São Bento. Nogueira Leite que foi colocado na Caixa pelo PSD diz que se em 2013 o obrigarem a trabalhar mais de 7 meses só para pagar ao Estado, diz que se pira. Diretor do "Ação Socialista" diz que Nogueira Leite se pode pirar para o raio que o parta".
Anuncio de Menezes para a Câmara do Porto, é manobra de diversão quanto ao que se passa no país, diz o PS/ Porto.
Por tudo isto que por estes dias se lê nos jornais, facilmente percebemos que o país está mesmo complicado. Que estamos à beira de uma explosão social e que só a queda do governo poderá evitar males menores.
 

domingo, 9 de setembro de 2012

A dura realidade que nos espera, depois do verão

Está a acabar o tempo da chamada "silly season" e toda a sociedade vai entrando na chamada “dura realidade”. Na realidade do dia-a-dia, que, como se constata, é cada vez mais dura e cruelmente comprometedora para que isto continue sem uma revolução ou convulsões fortes nas ruas.
O país está cada vez mais perigoso e cada vez menos recomendável. O governo, como se vê, na sua ânsia ideológica, de tirar cada vez mais aos pobres para dar aos ricos, compromete-nos cada vez mais o futuro. E se no passado tivemos governos a desgovernar, agora começamos a ver um governo “assassino”, que faz todas as contas a quanto vai tirar aos trabalhadores, mas não quantifica quanto vai tirar aos ricos.
Mas isso, deixemos para os próximos dias, para a reacção das pessoas, porque isto não vai nem pode continuar sereno.
Por aqui, por Seia, como um pouco por todo o lado, a ordem é resistir. Lutar e contrariar o desânimo, a lamúria e a incompetência de uns e a verborreia de outros, que nos afundaram e agora ainda dão "palpites". A ideia é avançar com todas as forças, do ponto de vista individual e coletivo, para que o mínimo se mantenha. Para que os poucos resistentes fiquem e não partam também, desertificando ainda mais este território de forte potencial.
Mas a tarefa não é nada fácil. E de tudo o que se ouve falar, quase nada traz boas notícias. Nos próximos dias acordaremos para realidades complicadas. Desde logo, quando nos apercebermos que o Ministério da Saúde se prepara para entregar o Hospital de Seia à Misericórdia. Quando ainda há pouco tempo o governo entregou a esta IPSS o Hospital da Folgosa, dentro de pouco tempo, não duvidem, será tentado a entregar outro Hospital. O “nosso” hospital , de Nª. Srª. Da Assunção. Mas aí, meus amigos, aí não haverá contemplações e teremos de saltar todos à rua, de paus e bandeiras e com o que for preciso para impedir tamanha crueldade. Mas disto se falará nos próximos dias.
Como também se falará da reivindicação que terá de continuar a existir na luta pelos Itinerários Complementares, que teimosamente continuam adiados.
A realidade dos próximos dias vai também despertar-nos para essa crueldade a que chamam vulgarmente de “reavaliação das casas”, que fará com que muita gente prefira entregá-las a ter de pagar rendas chorudas de IMI.
Acordaremos para a realidade do encerramento de uma Empresa Municipal que era um instrumento de política cultural e desportiva da Câmara. Que atirará, irremediavelmente para o desemprego, perto de 100 pessoas. Pessoas que asseguravam a manutenção de piscinas, museus e outros espaços culturais da cidade, setores que obviamente não são rentáveis, como não são as escolas, os tribunais, os hospitais e outros.
Acordaremos para uma outra dura realidade, que é a controversa Lei da reforma administrativa,  inspirada nesse Relvas que quis ser doutor à força. Uma reforma, que em vez de reformar, mais não servirá do que virar populações contra populações. Que semeará o ódio e a divisão entre as pessoas, aniquilando o pouco que ainda vai resistindo.
E tanto mais que veremos afundar, nestes meses que se seguem, que o melhor é estarmos atentos e procurar resistir, na firmeza dos nossos ideais e no interesse comum. A bem ou a mal, que isto agora não está para brincadeiras e já lá não vai com conversa mole, nem com dirigentes “abelhudos”, armados aos cucos!
Vamos a isto!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Seia cria equipa multidisciplinar para responder às necessidades das populações afetadas pelo fogo



A Câmara de Seia anunciou, esta terça-feira, a constituição de uma equipa multidisciplinar, para analisar e responder às necessidades das pessoas e freguesias afetadas pelo incêndio de grandes proporções que atinge o concelho.

Segundo uma nota da autarquia presidida por Carlos Filipe Camelo, a equipa surge com o objetivo de proceder "ao levantamento dos prejuízos, como também de encontrar respostas e mecanismos que minimizem os impactos decorrentes deste flagelo, com especial incidência para aqueles que têm diretamente a ver com as pessoas e a sua condição de vida e bem-estar".

A equipa deverá congregar o Serviço Municipal de Proteção Civil, o Gabinete Técnico Florestal, os Serviços Sociais, bombeiros, Juntas de Freguesia e outros agentes locais de proteção civil.

A nota enviada à agência Lusa também refere que a autarquia vai solicitar uma audiência à ministra da Agricultura e Ambiente, que tutela o setor das florestas, alegando que "o Governo não pode continuar, ano após ano, a ignorar este problema e a circunscrever a sua ação" ao combate dos fogos florestais.

"É preciso um plano de ação e uma estratégia porque, a continuarmos assim, todos os investimentos que por aqui se façam, perdem a sua eficácia. É necessário agendar medidas urgentes de sustentação de solos, no pós incêndio, bem como estabelecer um plano a médio prazo de recuperação dos setores agrícola, florestal e turístico que vão sair enormemente debilitados desta catástrofe", refere o autarca de Seia no documento.

Nos próximos dias, após conclusão dos relatórios preliminares, será também agendada uma reunião da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, "tendo em vista analisar todas estas problemáticas", adianta.

É o fogo, senhores!

 
É assim todos os anos. E este ano, que pensávamos que íamos escapar da tragédia dos fogos, já que agosto tinha passado, sem grande fumaça e eis que vem o vento e vira a sorte e má fortuna a nossa. Tempo quente e seco e um “boi de vento” a soprar, para tornar as labaredas fortes e fartas, e tragicamente devastadoras.
Dias difíceis por estes lados, para cumprir a triste sina que ocorre todos os anos por esta altura. Momentos de angústia, num corre-corre de bombeiros, que acodem de várias partes do país a correrem à ocorrência, quase sempre com várias frentes de combate, nesse triste teatro de operações a que chamam fogos de verão.
Foto: Carlos Amaro
É uma espécie de guerra temporária que se sabe ter um tempo limitado, mas onde, invariavelmente as horas são meses e os dias anos, por nunca mais acabar a força bélica, nesse combate desigual, que faz jorrar toneladas de água ou depósitos imensos de suor e angústias por entre a fúria das labaredas.
E de um qualquer lugar de onde contemplemos, somos sempre impotentes num flagelo que irrompe quase sempre onde já pouco de bom pode suceder. E sempre, mas sempre, ou quase sempre, são os mais desfavorecidos, os mais atingidos, nessa fugaz e forte e medonha labareda que leva a paciência e nos impele a querer amarrar o filho da mãe culpado a um poste e queimá-lo vivo.
É a dureza da realidade anual que cumpre a profecia e queima e leva para longe as réstias de esperança de um futuro melhor em terras já de si depauperadas. E tudo vai na voragem, ardendo na noite escura e nos dias quentes e secos. E são matos, lojas de gado, fábricas, galinhas, coelhos, pastos, casas, carros, pessoas e meios e latas e tudo.
É o fogo. É o fogo!
Agora vem tudo à cabeça, e raivas e discursos e estratégias e formas de combate, e relatórios e dinheiro e limpezas e caminhos e negligências e atos de heroísmo, e vãs promessas, que depois de tudo passar, há-de ficar tudo na mesma como está, à espera do próximo ano. Mesmo que se limpe, se faça e se previna, nunca é suficiente para evitar esta guerra. E para o ano, mais ou menos nesta altura, aqui estaremos a ver cumprir-se a profecia de fugir do fogo e de voltar a dizer as mesmíssimas coisas que aqui agora dissemos e que dizemos há mais de 30 anos.
Triste sina a nossa!

domingo, 2 de setembro de 2012

Seia nos pacotes de açucar


Ora aí está uma campanha de Seia nos pacotes de açúcar dos cafés DELTA. Uma oportunidade interessante e valiosa para difundir dois importantes espaços culturais de Seia e o seu festival de cinema, uma das marcas emblemáticas da cidade e do concelho.

Desta forma o Município aproveita a colaboração e disponibilidade da prestigiada marca de cafés portugueses para promover potencialidades do concelho. Neste caso, promove-se o Cine’Eco, um festival que está quase a começar e à boleia, dá a conhecer-se aos consumidores de cafés Delta outras imagens de marca de Seia. O CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela, como espaço de Educação Ambiental e o Museu Natural da Electricidade.

São estratégias como estas e outras que ultimamente têm sucedido, que vão dando a conhecer o que de melhor Seia tem. Pela positiva, sem lamúrias, mesmo em tempos difíceis em que não há dinheiro para nada. Mas onde vai despontando imaginação, criatividade e uma discreta dinâmica a contrariar alguma descrença que se vai vendo pelo país fora, sobretudo na faixa Interior.
E assim, de pequenas coisas somadas, se vai fazendo pela vida, nesse novelo coletivo que a todos deve mobilizar.