segunda-feira, 31 de março de 2008

Tributo aos Pink Floyd na Casa da Cultura encantou o público

Este Sábado à noite a Banda MUV de Seia proporcionou ao público senense um magnifico concerto, num tributo aos Pink Floyd. O concerto decorreu no Cine-Teatro da Casa Municipal da Cultura e contou com casa quase cheia.
A Banda MUV é constituída por Jorge Caria – Guitarra Solo e Voz; Filipe – Guitarra, Ritmo; Elidio – Teclas e Voz; Luís Nobre – Bateria; José Cardoso – Baixo e Voz e Zé Miguel – Sax.
Em mais de uma hora de concerto, ouviram-se os temas mais sonantes deste grupo mítico, que é um dos mais influentes na história do rock, além de um dos mais bem sucedidos, tendo vendido aproximadamente 200 milhões de cópias dos seus álbuns. A obra-prima The Dark Side of the Moon manteve-se no Top 100 Billboard de vendas durante mais de uma década e continua a ser um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos.
Em Seia, no Sábado, o público não ficou indiferente e recuou no tempo, embalando na música de Roger Waters e seus companheiros.

O regresso ao blogue e ao debate

Estou de regresso. Depois de umas curtas férias na Páscoa, que fazem sempre bem para retemperar a meio do campeonato, aqui estou de novo a partilhar consigo ideias, pensamentos e sugestões.
A criação dos blogues na era moderna dá para isso, para termos uma tribuna e desabafarmos o que nos vai na alma. Paralelamente, julgo que se constrói uma rede privilegiada de informação e partilha, dado que muitos blogues juntos fazem corrente, ao veicular diversos pontos de vista.
Nessa perspectiva procurarei fazer deste blogue a minha tribuna onde venho dizer o que me apetece, mas também a tribuna daqueles que entenderem juntar-se à festa. Daí ter dado o nome de Seia, agregado à palavra Portugal, para chamar mais gente para o lado de cá e quem sabe não estaremos um dia destes a partir para um verdadeiro fórum que faz falta em Seia!?

sábado, 22 de março de 2008

Politicamente, vou andar por aí

Ultimamente muitas pessoas me têm abordado na rua sobre a minha decisão de não me candidatar ao PS de Seia, tecendo algumas considerações e sugerindo, aqui e ali algumas opções ou atitudes consideradas pertinentes.
Todas elas vou anotando, todavia, sempre vou dizendo que não desisti nem vou para casa. Só é derrotado quem desiste de lutar. Por isso, simplesmente sublinho que vou andar por aí.
Quanto ao resto, logo se verá e o demais da trica, é óbvio que “incha, desincha e passa”!

Boa Páscoa, apesar dos maus tempos

Nesta Páscoa, o tempo não está para grandes festas. O tempo do bom tempo, parece cada vez mais distante, aproximando-se dia-a-dia a angustia dos novos tempos, que tanto moem a consciência da gente.
O país e o mundo assumem cada vez mais as dores da “Paixão de Cristo”, no conturbado modelo de globalização, que acentua o fosso entre pobres e ricos. Porém, a forte arma que combate as injustiças é o melhor arremesso de contraditório, sem desânimo nem desistências. Afinal o mundo sempre foi injusto, e a ética, como há dias Laborinho Lúcio dizia em Seia, nem sempre teve índices elevados de prática, no livre curso da vida das pessoas, sobretudo daqueles que governam os povos.
Mas isso não deve ser, nem causa para desistir, nem força para afrouxar!
Que a Páscoa seja por isso mesmo, uma época de reflexão e nos permita a “passagem” para patamares cada vez mais elevados de empenhamento, verticalidade, confiança e determinação, na procura de dias melhores.
Boa Páscoa!

Fernando Pessoa, a propósito do Dia Mundial da Poesia

Acho tão natural que não se pense

Acho tão natural que não se pense
Que me ponho a rir às vezes, sozinho,
Não sei bem de quê, mas é de qualquer cousa
Que tem que ver com haver gente que pensa ...

Que pensará o meu muro da minha sombra?
Pergunto-me às vezes isto até dar por mim
A perguntar-me cousas. . .
E então desagrado-me, e incomodo-me
Como se desse por mim com um pé dormente. . .

Que pensará isto de aquilo?
Nada pensa nada.
Terá a terra consciência das pedras e plantas que tem?
Se ela a tiver, que a tenha...
Que me importa isso a mim?
Se eu pensasse nessas cousas,
Deixaria de ver as árvores e as plantas
E deixava de ver a Terra,
Para ver só os meus pensamentos ...
Entristecia e ficava às escuras.
E assim, sem pensar tenho a Terra e o Céu.


Alberto Caeeiro

quinta-feira, 20 de março de 2008

"Casa da Moreia" para quem visita o Sabugueiro, um espaço acolhedor

A Casa da Moreia é uma unidade hoteleira no Sabugueiro que se insere no conceito TER – Turismo em Espaço Rural e que abriu recentemente.

Trata-se de um espaço agradável e acolhedor, propriedade do casal Aida e António Maximino e que pode ser visto com mais pormenor em: www.casadamoreia.com

Parabéns ao meu particular amigo e esposa que souberam, com gosto, (re)criar um espaço agradável e requintado, um exemplo que pode ser seguido noutras recuperações urbanas no centro histórico do sabugueiro e outras aldeias do nosso concelho.

domingo, 16 de março de 2008

"Confraria Fomes Negras" de Vide, fez festa de bombos e... convidou-me

Este fim de semana estive na Vide, porque os membros da "Confraria Fomes Negras" convidaram-me e não me fiz rogado. No meio de muitos amigos, entrei na festa, ao som dos bombos da Erada,... e febras, num lanche ao ar livre junto á igreja.
Foi bonita a festa, pá (!) com um grupo bem disposto, (pois!), onde se fez e faz da amizade e da boa disposição, o melhor "prato" da vida, neste caso, na Vide, uma terra distante e cada vez mais interior.


De "coisas simples" se faz a animação, que é daquilo que precisam muito as nossas aldeias, lugares perdidos, onde poucos se encontram, a não ser para lastimar os que partem e o muito pouco que não se faz.
Parabéns á "Confraria Fomes Negras" e ao Presidente da Junta que se juntou a esta festa, onde a brincar, as pessoas se divertem e intertem nas ruas da Felicidade. O resto é conversa!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Imagens do "Seia Jazz & Blues" / 2008

Apesar de já ter passado algum tempo, não deixo passar sem publicar algumas imagens do "Seia Jazz & Blues", o festival que animou dois fins de semana em Seia e se revelou mais uma vez como um evento de prestigio e de grande impacto na agenda cultural da região.
O Sexteto de Mário Barreiros, numa das noites do festival. Por sinal foi a menos concorrida, mas não menos empolgante, com músicos eximios, num estilo mais "pesado" a roçar uma ponta de free jazz.

Mais Imagens do "Seia Jazz & Blues" / 2008

A banda espanhola "Down Home", veio de Barcelona para fazer furor no palco de Seia, ao ritmo do blues leve e super animado.
O saxofonista dos "Down Home" num dos momentos de inspiração, reforçando a forma eximia com que a banda presenteou o público de Seia e arredores.

Imagens do "Seia Jazz & Blues" / 2008

Wolfram Minnemann, na abertura do Festival, a dar cor e brilho ao "Blues" com que deliciou a assistência que quase encheu o Cine-Teatro da Casa da Cultura.
O saxofonista espanhol Toni Solá e o americano Harry Halen, num dos momentos altos do festival de Seia.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Laborinho Lucio falou de ética e cidadania no CISE, numa iniciativa da Escola Profissional

Assisti hoje a uma excelente jornada de educação cívica e a uma notável lição de cidadania ao ouvir a comunicação do Juiz Conselheiro, Dr. Laborinho Lúcio. Estive presente na Conferência que a Escola Profissional da Serra da Estrela organizou no auditório do CISE, no âmbito dos 15 anos da Escola e que mobilizou várias dezenas de alunos e público em geral.
Foi sublime e enriquecedor ouvir este comunicador nato, dono de um currículo notável, que curiosamente começou a sua carreira, a 20 de Janeiro de 1968 no Tribunal de Seia, como Procurador.
Contou histórias curiosas da pacata vila de Seia dessa altura e deu verdadeiras lições de ética e de cidadania.
Do muito que foi dito, retive a importância de ensinar para os direitos da cidadania; da elementar questão de ensinar a pensar, a escolher e a fazer – qual triangulo de suporte para a formação de um aluno a caminho do mundo competitivo e moderno.
Desafiou os jovens á participação activa na sociedade, recomendando inclusivamente a participar na vida politica local, como um contributo para a abertura dos partidos ás ideias e ás diferenças.
Reforçando a tese de que precisamos de ter confiança naquilo em que acreditamos, defendeu o direito á diferença num mundo cada vez mais competitivo e talhado á escala global, cada vez mais uniformizado e inconformado.
Salientou aspectos caricatos da burocracia que frequentemente entorpece o andamento dos processos, evidenciando a importância da interculturalidade, no respeito pela diferença.
Enfim, Laborinho Lúcio foi profundamente leve nas abordagens que fez, levando os presentes a sublimes reflexões sobre o relacionamento do homem com o outro, num mundo cada vez mais formatado para padrões complexos, talhados frequentemente no quadrado do computador que lhe dá acesso a um admirável mundo diferente e por vezes,… perverso.
Do muito mais que foi dito e que não me ocorre agora dizer, saiu muito sumo e uma inspiração imensa para reflectir sobre o que é que cá andamos a fazer e para onde caminhamos, neste imenso mundo de contradições.
Parabéns á Escola Profissional pela Conferência. Esta é daquelas iniciativas que não se esquece tão depressa!

quarta-feira, 12 de março de 2008

Carta aberta aos militantes e simpatizantes do PS de Seia

Aproximando-se o acto eleitoral da Comissão Política Concelhia de Seia do PS, a realizar no próximo dia 4 de Abril, venho por este comunicar a todos os militantes e simpatizantes que, no actual quadro partidário concelhio, não apresentarei qualquer lista a sufrágio.

Nos dois últimos momentos eleitorais da Concelhia, liderei um movimento de militantes que, de forma saudável, frontal e aberta, se disponibilizou para virar uma página no partido, introduzindo um novo dinamismo e uma renovação própria dos novos tempos.

Sempre o dissemos e continuamos a dizer, - que discordamos que o Presidente da Câmara acumule este cargo com o de Presidente do Partido.

Nada nos move contra o Presidente da Câmara, que tem sido uma referência autárquica e o melhor quadro político do PS de Seia e do Distrito da Guarda. Porém, e sem ter de se retirar, entendemos ser tempo de deixar despontar uma geração de novos quadros políticos, disponíveis para valorizar o partido e simultaneamente ancorar a prestação do Presidente da Câmara no quadro da governação.

Dado que em nosso entender não estão criadas condições para nos recandidatarmos, não apresentaremos lista ás eleições.

Apoiaremos o que tivermos de apoiar, faremos as criticas que tivermos de fazer, sempre de forma saudável, franca e aberta, mas não nos desviaremos dos princípios em que acreditamos.

Não desistiremos do combate político, da determinação e da vontade que nos move, para virar uma nova página da vida política do PS de Seia e ajudar ainda mais ao desenvolvimento do Concelho nestes tempos difíceis que atravessamos.

Não pretendemos criar ou fomentar qualquer tipo de crispação ou dificuldades de governação, antes pelo contrário, pretendemos contribuir para o debate e para o reforço da coesão territorial de Seia, como factor decisivo do seu desenvolvimento. Pretendemos um partido forte que torne ainda mais forte a governação, daí estarmos disponíveis para todos os combates eleitorais que se avizinham.

Não deixaremos de desempenhar o nosso papel de “militante de base”, sempre disponíveis para ajudar o PS e o concelho de Seia, tanto no debate de ideias, como na acção prática.
Seia, 12 de Março de 2008
Mário Jorge Branquinho

terça-feira, 11 de março de 2008

Blogue dos leitores - Mila Sousa escreve sobre Educação

Ter a coragem de escrever para jornais? Nos tempos que decorrem? Não é assim tão fácil, pois estamos sujeitos a todos os tipos de críticas!
Porém? Também dependerá do tema que desejamos abordar.
Através dele, tenta-se… quiçá… para aqueles mais literatos, tentarem num silêncio – chamar à luz da razão, problemas quotidianos! Como sempre… a Educação foi um tema que conviveu paralelamente comigo… Fala-se tanto… mas tanto, por tudo e por nada, em psicólogo… psicologia… escolas… alunos… pais… uma diversidade de tantos problemas que… numa simbiose de todos os agentes de ensino, poderemos tentar colmatar… situações que a muitos “fazem deitar as mãos à cabeça!”
Saber ouvir… por vezes desabafos anedóticos ou noutro contexto, tem de levar ao saber escutar e pensar, com a tal afectividade, que em tantos jovens de idade escolar falta!
Muitos jovens, principalmente oriundos de famílias “destruídas”… “reconstruídas” podem ter medo do futuro! Podem ter receio que o pai ou a mãe (filhos de famílias divorciadas ou já algum falecido(a)) aquele que ficou com a sua guarda, também possa abandoná-los! Pode, às tantas, até desencadear-se uma manifestação, uma agressividade baseada na raiva que sentem, fazendo surgir na sua personalidade uma certa desorientação.
Jovens, confrontados com grandes mudanças e com novas escolhas, até podem deixar de confiar nas orientações do(a) progenitor(a) com quem vivem e perderem-se, duma certa forma, por caminhos menos seguros! Ou até já inseridos numa novel profissão indefinida!
Há que ter em conta, muito sinceramente, conduzir as coisas da melhor maneira, para que… seja em que ambiente for, principalmente no ambiente escolar, se sintam integrados como numa comunidade familiar.
Porque… que queiramos ou não? A Escola tem e terá sempre o preponderante papel de desempenhar um elo de pedagogia afectiva, para a total integração e sucesso escolar! Socialização!
A aceitação, a segurança emocional, de expressão e de sentimento… tanta coisa que os alunos que, por vezes, não são entendidos à “primeira”… procuram noutro lado… denominado ESCOLA…seja ela qual for!
Cabe aos professores, a todo o elenco de agentes educativos, saber desenvolver o carácter e a auto-estima, desta amálgama de juventude!
Os alunos? Não querem saber quem tem razão ou não, numa fugaz briga, mas sim… sentirem-se compreendidos e que a briga termine! O sentir lealdade, sinceridade sobretudo uma total confiança, no ser humano que dirige a formação da sua personalidade? É muito importante!
Mas acho que falha-se um pouco nisto! Por tantas razões! Se calhar? As mais “estapafúrdias”… porque até a própria sociedade em que se vive… não ajuda o processo simples de incentivar valores humanos!
Daí tantas famílias a pedirem ajuda!
Nos dias de hoje? Falo com muito cuidado e respeito, porque é um tema bastante delicado e não tenho nenhuma intenção de atingir alguém… Porém… Muitos jovens estão a perder a sua identidade. São massificados na sua maneira de andar, de ser, de reagir. Só fazem o que o seu grupo de amigos faz! Só vestem, dum certo modo, aquilo que os colegas aprovam, com o medo de serem ridicularizados!
Falta-lhes individualidade! Sobra-lhes individualismo!
Para os que me lêem? Talvez não me estejam a entender. No entanto quero focar que é com todo o respeito que vou decifrar, porque ser-se “jovem”… é uma idade muito linda! A diferença entre estes dois vocábulos é gritante!
Porque, enquanto que o primeiro é bastante positivo, porque preserva o EU, alicerça a estrutura da personalidade, consolida a forma de ser, de pensar, ensina a observar o mundo e a nós mesmos, individualmente.
Aprender a conhecer mais hipóteses com compromissos com a sociedade.
Falando do individualismo, que é bastante negativo… porquê?
Simplesmente porque é uma espécie de característica doentia de personalidade. Representa viver apenas para si, procurar sucesso… sucesso… só para se satisfazer, como uma forma de exploração, sem dar nada em troca.
Estes factos, também se observa na camada adulta, porque infelizmente o individualismo é um “CANCRO” da sociedade actual.
Cabe às escolas, duma certa forma… com uma pedagogia afectiva, criar estratégias simples, de convívio, aonde a própria saúde mental se baseie na harmonia que deveria existir em cada um de nós, entre aquilo que pensamos e aquilo que sentimos e vivemos!
Por outras palavras? É a maneira como cada um de nós se relaciona consigo próprio, com a realidade e com os outros seres humanos!
Quando esta relação é positiva é construtiva, a pessoa vive com uma situação de boa saúde mental! Acreditem… há tantas maneiras de entrar numa qualidade de harmonia, entre o que o aluno é, pensa, o que vive, o que ama e o que faz!
O que é preciso… é saber ouvi-los… com um certo posicionamento de afectividade e não…. Encherem-se folhas… folhas… de participações… acusações… para encherem mesas de directivos, que alguns dos quais, podem ser tão bem escusados! Nem todos! Óbvio!
Acho que… cada um de nós… tem um pouco de ”psicologia” com uma dose de inteligência… para criar empatia e desenvolver bom sucesso escolar!
Muita gente? Não entende bem o sentido de psicologia… é muito mais fácil confundir com “psiquiatria”… que até há adultos que fazem uma grande confusão, de grandes consequências!
Vamos, duma certa forma… saber ponderar… vocábulos que podem destruir, para sempre a AUTO-ESTIMA, de seres humanos que nunca tiveram vírus de frustrações, competições, mas sim… BOAS INTENÇÕES!
A caminhada da vida é longa! Mas há um sedativo que se chama CORAGEM e RESPEITO.
Tempestades injustas nunca devem desabar sobre uma casta de educadores.
Saber suportar com DIGNIDADE, é difícil, mas é a luta da vida!
Acabo… com um pensamento sincero, humano. As escolas? São os melhores tesouros para se gravitar na órbita de um computador o que se pode chamar EDUCAÇÃO, ajudando a atender o que tanto se fala, duma forma envenenada…. VIOLÊNCIA ESCOLAR.


Mila Ferrão Sousa
- Escola Evaristo Nogueira -

Cine’Eco – Festival de Cinema de Ambiente de Seia em Sarajevo

O Cine’Eco – Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente da Serra da Estrela, esteve em destaque no “Sarajevo Winter” – Festival Internacional de Sarajevo, que decorreu recentemente nesta cidade da Bósnia Herzegovina.
Para além de terem sido exibidos vários filmes premiados na edição do Cine’Eco 2007, o festival de Seia esteve em destaque como uma referência no panorama europeu do documentarismo ambiental. Este realização vem na sequência da participação no ano passado em Seia do Director do “Sarajevo Winter”, Ibrahim Spahic, como membro do Júri Internacional.

Além desta extensão além fronteiras, o Cine’Eco registou este ano uma outra em Angra do Heroísmo, nos Açores, que foi bastante concorrida pelo público em geral e por várias escolas, outra no Teatro Aveirense, em Aveiro e outra na Biblioteca Lucio Craveiro da Silva, em Braga.
Este fim de semana passado, o Festival marcou também presença na FNAC do Gaiashopping, através da exibição de filmes premiados e da promoção do próprio Cine’Eco.
Para além destas, estão ainda previstas Extensões em Albufeira, no Algarve; no Museu da Ciência em Coimbra; na Lipor, no Porto; no Teatro Cine de Torres Vedras; em Lisboa, Almada e Portalegre, entre outros.

Com estas extensões do Festival, a organização pretende consolidar cada vez mais a imagem do Cine’Eco e relançá-lo como um festival de referência no documentarismo ambiental europeu.

O Cine’Eco é um festival de cinema de ambiente que se realiza anualmente em Seia no mês de Outubro, desde 1995, por iniciativa do Município local e que aposta na vertente do cinema de autor, nomeadamente obras pouco conhecidas dos grandes auditórios e muito longe dos circuitos comerciais.

O mesmo decorre nos auditórios da Casa Municipal da Cultura e do CISE - Centro de Interpretação da Serra da Estrela.
http://cineeco-seia.blogspot.com/
http://www.cineeco.org/

segunda-feira, 10 de março de 2008

A avaliação dos funcionários públicos

Se há marcas que o governo de José Sócrates deixará inevitavelmente na história do país, será sem sombra de dúvida a introdução da avaliação do desempenho dos funcionários públicos e a consequente fixação de objectivos.
Sou funcionário público, e pela profissão que exerço ao longo dos anos, acabo muitas vezes por estar exposto a comentários e “avaliações”.Contudo, agora é mesmo a valer e ainda bem, embora possa haver aqui ou ali situações com que não concordamos, e no meu caso, por acaso até vou reclamar, mas é bom haver avaliações.
Aliás esta estratégia só perca por tardia.
Então como é que seria do privado se as regras fossem como têm sido na administração pública?
Há exageros? Claro que há, mas no principio é normal haver alguns danos colaterais.
Os professores também não podem levar a mal serem sujeitos a avaliação. Quanto aos métodos, é provável, por aquilo que oiço que estarão mal definidos e emaranhados, por isso, o que haverá a fazer, e talvez Sócrates o faça agora depois de 100 mil profs. na rua, seja, não um recuo mas uma reformulação da proposta de avaliação. Nas calmas e sem pressas para não comprometer uma ideia que faz todo o sentido e o país reclama para o seu desenvolvimento.
O país precisa dos professores minimamente motivados, num tempo em que, como há dias Alvin Toffler dizia, o modelo de escola pública está falido!

No regresso á terra, pelas voltas da vida cultural e ambiental

Depois de alguns contratempos, estou de volta ao blogue. Andei por aí, como gosto de fazer de vez em quando. Faz-nos bem andar por aí. Nos últimos dias foi agradável. Andei de bicicleta pelos montes herminios, ou nos trilhos de Viriato, pela mata da senhora do Desterro, escarposa e magnífica. Seia tem mesmo maravilhas da natureza. O tempo primaveril também tem ajudado, embora faça falta chuva para as barragens e nascentes!...
Ainda na ressaca do êxito do “Seia Jazz & Blues”, estive na FNAC do Gaiashopping, na apresentação de alguns filmes do Cine’Eco, mais uma importante etapa deste Festival de Cinema de Ambiente de Seia. Embora se tenha tratado de um a sessão para um publico restrito, não deixou de ser prestigiante para o festival que começa a fazer uma boa projecção de Seia no exterior. A seguir, segui com Carlos Teófilo para Famalicão, onde se iniciou a 10 edição do Famafest. A cerimónia de abertura contou com um concerto de Mariza que encheu o Auditório de 600 lugares da Casa das Artes de Famalicão. Uma verdadeira diva do fado, uma voz moderna, doce, encantadora e arrebatadora.
No dia seguinte, ouvi o relata de Maria Eduarda Colares a propósito da presença do Cine’Eco em Sarajevo e das vivências de um povo saído da guerra, que aposta tanto na cultura como a melhor estratégia para o desenvolvimento!
Depois de outras voltas e revoltas voltei ao trabalho, arregaçando mangas para um punhado de novos eventos culturais do município em que participo profissionalmente.
Para já, este Sábado á noite sobe ao palco da Casa da Cultura a Dança Flamenca, com Raquel Oliveira, para na quinta feira, dia 20 ser a vez do Teatro Aquilo apresentar a "Cantora Careca" de Ionesco e lá mais para a frente, a 29 de Março, um tributo a Tom Jobim, pela Banda MUV. Abril trará o Festival de Stand UP Comedy e as comemorações do 25 de Abril, entre outras acções pontuais.
Quanto ao resto, vou mesmo andar por aí!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Questões dos leitores colocadas na Assembleia Municipal

Vários leitores colocaram algumas questões que levei à Assembleia Municipal realizada no passado dia 29 de Fevereiro.
Sobre a questão da dívida da Câmara, esta foi remetida para o mês de Abril, altura em que a Assembleia votará as Contas de Gerência de 2007.
Sobre as obras no Bairro da Fisel, o senhor Presidente disse ter tomado nota. A questão do Centro de Saúde, houve unanimidade quanto ao facto deste funcionar mal, o que se deve á falta de médicos, uma vez que a grande maioria dos médicos deste Centro fazem urgências no Hospital. A breve prazo, com a reformulação do Hospital de Seia, poderão vir a ser mobilizados médicos para as Urgências vindos dos Centros de Saúde de Gouveia ou Fornos. Entretanto o assunto está a ser tratado com vista a melhorar a situação.
A Loja Ponto Já, na parte superior da Casa da Cultura ainda não abriu porque as obras se atrasaram, mas estas estão agora a ser retomadas.
Quanto a licenciamento de obras, tudo está dentro da normalidade.

Intervenção na Assembleia Municipal de Seia do dia 29 de Fevereiro

Como habitualmente acontece, desde o primeiro dia que vim para esta assembleia, venho a esta tribuna falar claro e directo, sobre assuntos que julgo pertinentes no quadro de desenvolvimento do concelho.
Também desde o 1º dia, que não me canso de apontar a necessidade de tirarmos Seia do buraco em que está metido, reivindicando todos, mas mesmo todos, novas vias de comunicação. E nesta matéria, o que se temia, pode estar a acontecer, que é empatar-nos com diálogo. Por isso, não devemos desarmar a nossa luta por novos acessos, aumentando isso sim, a pressão sobre o governo, da necessidade de construção dos Itinerários Complementares.
Começa a chegar a hora do governo dizer o que pretende fazer e quando!
E sobre a questão dos túneis, o que me apraz dizer é compete ao governo dizer primeiro se o Estado ou o país tem estofo financeiro para avançar para uma empreitada dessa natureza, essa obra de Estado e de Regime. É que me parece que fazer os Túneis da Serra da Estrela é quase como construir 10 estádios de futebol no país e neste contexto a pergunta incortornável é se temos dinheiro para isso! E por isso, este é um assunto que não é só nosso, mas para toda a opinião pública portuguesa. E também por isso, eu não sou favorável aos túneis. Ou seja, não sou favorável a uma não solução, a uma utopia cada vez mais utópica.
Temos de ser persistentes nesta matéria até á exaustão, porque sem estradas nunca mais saímos da “cepa torta” e nós não devemos ter medo, se for preciso, de pormos todos o lugar á disposição de autarcas se não formos ouvidos nesta justa e mais do que merecida reivindicação.
A nossa paciência não pode confundir-se com resignação e apesar do governo estar a dar sinais de querer fazer alguma coisa, nós temos de mostrar-nos fortes e determinados.

Fora deste contexto, há a prioridade do Emprego, fundamental para o desenvolvimento do concelho e sua sobrevivência. Como também tenho dito desde o primeiro dia, era urgente criar um Conselho Económico e Social para juntar os vários parceiros locais, - Câmara, Escolas, Nerga, Associação comerciantes e de artesãos, e outras entidades, com vista a promover estratégias de investimento e incentivos ao Empreendedorismo. E nesse sentido, é com enorme satisfação que registamos a criação do Gabinete de Apoio ao Investimento e Empreendedorismo, que se apresenta imbuído deste espirito dinâmico e concertado, e que estamos certos, dará os seus frutos.

Agora é urgente, vestirmos esta camisola, porque só assim, numa frente comum, assumida por todos, na mobilização para o investimento e incentivo a potenciais empresários e jovens empreendedores, podemos ambicionar ter resultados, porque fazer só medidas avulso, sem estratégia e concertação, não resulta.
Como também tenho dito desde a primeira hora, o Presidente da Câmara não é o único agente capaz de dinamizar o concelho, - temos de ser todos, cada um no seu lugar, com energia e determinação a estimular e a fazer-fazer!

No combate político, franco e aberto, saudável e dinâmico é que deve assentar a nossa missão, sem medo e sem receio. Há muita coisa para fazer, muito para mudar no concelho e não nos podemos resignar, sob pena do comodismo e do marasmo se apoderarem de todos nós.
Precisamos de uma sociedade activa e uma cidadania viva, capaz de dar fôlego e sentido á vida local, seja no plano individual, seja no colectivo.

Apoiar o que deve ser apoiado, criticar o que deve ser criticado e corrigir o que deve ser corrigido.

E como também digo desde o primeiro dia, discordar não é necessariamente dizer mal ou estar de má fé. Precisamos de saber lidar melhor com esta coisa da democracia e particularmente com sistemas de lideranças fortes, para que fortes sejam as ondas do progresso.

Seia não pode parar!

Seia tem sido pioneira em muita coisa, e precisamos de manter o concelho permanentemente na dianteira. Como tenho aprendido ao longo dos anos com o próprio Presidente Eduardo Brito, todos os dias temos de ser criativos, dinâmicos e eficazes na acção prática.
Esta coisa do desenvolvimento apela-nos todos os dias ao desassossego. Mas não nos deve tirar o sono!

Há muito que os sinais de desmoralização colectiva estão presentes no quotidiano português e Seia não foge á regra. E são antigas as causas que minaram a confiança entre representados e representantes, entre eleitores e eleitos. E não se trata só do mérito e demérito das governações locais ou nacionais, é algo mais sério.
É por ventura um nó cego de sentimentos e incertezas, algo que tem a ver com o estado da nossa democracia e com a dimensão moral da representatividade, uma dimensão que os representantes por vezes parecem ignorar.

Mas não venho aqui pregar moralidades políticas, pretendo tão somente, como faço desde o primeiro dia, estimular o debate e desassossegar os eventuais acomodados. E nesse contexto, há sempre muito para contar, muito para reivindicar e apontar, mas julgo que em termos de grandes opções e desígnios para o concelho, não podemos sair destas duas grandes prioridades – Vias de comunicação e Emprego.
E é por aí que vamos e é por aí que temos de seguir, persistentemente.